Projecto

Intervenção de Paula Vilallonga - 05 Maio de 2017

CDU Vila do Bispo tem um projecto sério

Camaradas e Amigos:
 
Represento um grupo de homens, mulheres e jovens que vivem neste concelho e que gostariam de ter oportunidade de aqui continuarem com a sua vida.
Esta região é linda mas a beleza não chega. Urge criar condições onde se possa residir, trabalhar e ocupar os nossos tempos livres.
Importa neste Concelho, tão favorecido pela natureza, ter condições para os que nos querem visitar, se sintam bem recebidos.
Mas, quem aqui vive não pode nem deve sentir que o sentido da sua vida é apenas servir os outros, mas devem sentir que vivem num sítio agradável onde é possível aproveitar a vida, numa comunidade saudável e próspera.
Durante séculos, os homens encerraram as mulheres em interditos sociais que entravaram a sua possibilidade de afirmação.
A idade média concedeu, dificilmente, uma alma à mulher;
Mais tarde, criou-se a imagem da mulher como um ser inferior, que o homem tomou como seu.
Convém reflectir que numa sociedade com conduta estritamente masculina, a mulher é aparentemente livre.
Contudo importa trabalhar com o homem e não contra o homem;
Para que tal aconteça a mulher tem de ter a consciência dos seus deveres e direitos e do seu potencial papel na sociedade.
Só assim se libertará, criando oportunidade do surgimento de uma sociedade mais justa e solidária.
O exercício da governação depende das políticas que os seus protagonistas entendam desempenhar. Esses protagonistas, enquanto pessoas, sejam eles homens ou mulheres devem ter sensibilidade, honestidade, inteligência e capacidade de trabalho assim como, capacidade para ouvir as sugestões e opiniões dos munícipes.
Para que isso possa vir a acontecer, podem contar com o nosso empenho, com a nossa intervenção e com o nosso trabalho em áreas tão importantes para este Concelho, como o desenvolvimento económico, social, formativo e educativo.
As políticas terão de ser dirigidas para potenciar a formação e qualificação das pessoas, para o aproveitamento dos recursos e equipamentos existentes, para promover a reabilitação urbana e a habitação a preços acessíveis.
Promover políticas de fixação da população, especialmente dos jovens, promover a melhoria da mobilidade no Concelho e para fora dele, articular as restrições ambientais com o desenvolvimento social, urbano e do sector primário – agricultura e pescas.

Uma palavra para o Parque Natural.

Em Fevereiro de 2011, o Governo do Partido Socialista aprovou o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina que estabeleceu um conjunto vastíssimo de restrições, imposições e proibições para os usos comuns e tradicionais do espaço e dos recursos por parte das populações locais.

Este novo Plano de Ordenamento mereceu e merece uma forte contestação por parte da população, de pescadores, mariscadores e agricultores que não concordam com uma perspectiva de ordenamento do território que opõe hábitos, práticas e actividades tradicionais à conservação da natureza.

A CDU considera que uma política de ordenamento do território e conservação da natureza não pode ser encarada e aplicada sem ter em conta a componente social, cultural e tradicional das populações.

A CDU considera que a protecção da natureza e a salvaguarda dos valores naturais é tanto mais eficaz, quanto maior for o envolvimento da população. Ao proteger a natureza, também se protege o ser humano.

A CDU defende que a base da política de ordenamento do território são os valores paisagísticos, geológicos, biológicos e morfológicos do Parque Natural, incluindo a faixa costeira e regiões marinhas, tendo em conta os hábitos culturais, sociais e económicos das populações, estabelecendo assim as condições necessárias para que o desenvolvimento local e regional se desenrole sem prejudicar o ambiente.

A CDU defende que na revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural, o ordenamento do território não pode pôr de parte os hábitos, as práticas e as actividades tradicionais. A protecção da natureza e a salvaguarda dos valores naturais têm de ter em conta as actividades humanas realizadas no Parque Natural, para que haja desenvolvimento económico e bem estar da população.

Este desenvolvimento e este bem estar também passam por manter e melhorar os serviços públicos municipais. Isto significa que os trabalhadores da Câmara Municipal tenham melhores condições de vida e de trabalho.

A CDU defende a sua qualificação profissional, melhores carreiras, melhores salários e que vejam valorizado o seu trabalho e a sua profissão.

Apresento-me com um projecto sério, com transparência absoluta, que é o da Coligação Democrática Unitária (CDU).

Com os poucos meios que dispomos, a divulgação das nossas ideias e propostas junto da população, não vai ser tarefa fácil, mas acredito que com a nossa força, determinação e com o nosso trabalho, vamos conseguir.

Como ser humano consciente da minha cidadania, sinto-me apta para tomar posições construtivas, sempre empenhada na defesa dos interesses da população, com o objetivo de promover o desenvolvimento e progresso locais.

Todos os que se revejam nos nossos princípios, devem apoiar e votar na CDU, pois somos honestos, trabalhadores e competentes.

Viva o Poder Local Democrático!

Viva a CDU – Coligação Democrática Unitária!

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«Há quem tenha ideias. A CDU tem projecto» 

A Coligação Democrática Unitária (CDU) apresentou-se oficialmente ao final da tarde do dia 21 de Março de 2017 numa sessão realizada em Lisboa, tendo sido realçados os valores, práticas e propósitos que a distinguem das demais forças políticas, designadamente no Poder Local Democrático.

Numa sala de uma unidade hoteleira repleta de militantes comunistas e ecologistas, bem como de homens e mulheres sem filiação mas que tomam partido, a Coligação que sob o símbolo PCP-PEV se apresenta ao povo deu formalmente o pontapé de saída para as eleições autárquicas de 2017. Presenças notadas foram as de muitos presidentes de Câmara do distrito de Lisboa e da Península de Setúbal, testemunhas de um percurso feito de trabalho, honestidade e competência. Esta é «uma expressão associada à CDU que traduz o percurso de intervenção que é justamente reconhecido à acção dos seus eleitos», como frisou Jerónimo de Sousa na intervenção de encerramento da iniciativa.

Compromissos 

Aqui estaremos não apenas para prosseguir a obra e o trabalho que realizamos por todo o País mas também para nos assumirmos como voz indispensável na defesa dos interesses das populações; para dar corpo a causas e aspirações locais, assegurar uma presença crítica, exigente e construtiva; para garantir uma gestão transparente e eficaz em todas as autarquias onde, mesmo em minoria, se encontre presente», insistiu Jerónimo de Sousa. Compromissos da Coligação PCP-PEV são, igualmente, «a participação como um factor essencial de uma gestão democrática, assegurando o envolvimento efectivo das populações na definição das principais opções da política autárquica», assim como a «atenção aos trabalhadores das autarquias, defendendo os seus direitos, valorizando o seu trabalho e as condições de segurança em que exercem as suas funções»; a «concretização de uma gestão integrada que assegure a construção de espaços urbanos humanizados, ambientalmente equilibrados e dotados dos equipamentos e dos programas para a sua utilização e animação indispensáveis a uma vida social e colectiva»; promoção de «uma gestão do território que, garantindo um desenvolvimento equilibrado sustentável, salvaguarde a defesa do interesse público e colectivo da pressão especulativa»; o fomento de «uma política local que assegure a valorização cultural e desportiva das populações», e a «defesa do carácter público da prestação dos serviços básicos essenciais pela autarquia, desde logo pela recusa da estratégia de apropriação privada da gestão da água, como um instrumento essencial de salvaguarda dos interesses das populações», acrescentou.
in jornal avante.pt de 23 Março de 2017 

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